terça-feira, 27 de abril de 2010

Amar, é o Amor...

Foto: Sônia Brandão

Amar é brado, é revolta,
é grito de gaivota,
barco ancorado.
É rio correndo à solta,
margens devoradas,
águas sem retorno.

Amar é vento na rua
que entrança as cortinas,
que encolhe os caminhos.
É estremecer sem saber,
que os ruídos se prolongam,
sem limites ou espinhos.

Amar, é o amor sem fronteiras,
sem retorno ou passado,
é meu barco quebrado.
É andar à deriva,
se a razão é verdadeira,
sem quilha, leme ou vela.

Sentir na chama da lua,
uma mensagem distante,
que leva a sua luz brilhante,
junto da tua janela.


Texto: Victor Gil

terça-feira, 6 de abril de 2010

Para te Encontrar


Foto: Hellag


Para te encontrar,
basta um mar de diferença,
umas asas de gaivota,
uma nuvem que me leve,
para inventar a tua rota.

Basta um desvario,
um acordar mais sereno,
uma noite sem escuridão,
uma madrugada ardente,
um despertar de paixão.

Para te encontrar,
basta um navio à deriva,
um barquinho de jornal,
uma fragata sem timão,
a caravela de Cabral.

Basta um fio de cabelo,
um beijo doce, o mel,
um seio, um colo, o aconchego,
uns olhos que choram e riem.
Basta gastar o segredo.

Texto: Victor Gil