Fotografia: Ana Luar
Uma singular laje áurea,
num imenso de azul,
se acendem luzeiros ao longo do mar.
Reflectido no anil,
num quadro dourado,
as rochas dispersas,
são brilhos serenos do teu olhar.
A tua ausência é como um fado,
onde os sonhos são saudades
e o coração é uma gaivota.
É rio, é mar, imensidão,
silhueta que a luz envolve,
por entre a noite encoberta.
Estás onde a lonjura acontece,
onde as pontes não chegam,
onde os ventos do norte
não se aproximam do sul.
Para lá das montanhas,
das ondas do mar,
onde atravessar o horizonte,
só
é fácil em naus sem temor.
Quando carregadas de ternura,
ancoram em gares,
submersas de amor.
Texto: Victor Gil