Fotografia: Rui Pires – Olhar D’Ouro
Um dia quis abraçar, Lisboa,
mas os meus braços foram curtos,
para envolver todo o espaço.
Faltavam os teus, nos meus braços,
para completar o abraço.
Vou pedir às asas das gaivotas,
às algas que atravessam mares,
às marés, às águas do Tejo.
Às nuvens, às vagas, aos ventos,
que me tragam o teu beijo.
Pedir aos peixes todos do mar,
às canções dos marinheiros.
às rotas dos velhos veleiros.
Que no desatar das suas velas,
te tragam por dentro delas.
E quando os meus braços estiverem,
envolvidos nos teus braços,
na voz de um fado que ecoa.
Enlaçado em teu abraço,
nós vamos abraçar Lisboa.
Texto: Victor Gil
10 comentários:
Víctor, qué hermoso blog. Tu poesía siempre hermosa y sentida.
"Faltavam os teus, nos meus braços,
para completar o abraço."
Beijos,
Ana Lucía
Meu caro Vitor, a minha foto é apenas um mero adorno perante tamanha poesia.
Lisboa é sem dúvida difícil de abraçar pela imensidão da sua beleza.
Agradeço imenso este seu gesto e repito, excelentes palavras, os meus parabéns!
Abraço!
Rui
Lisboa merece tão belo poema, assim
como essa foto de fim de tarde...
Abraço
Ler a poesia, olhando a foto de Rui, sobre o efeito do show de Antonio Zambujo, começo a imaginar Zambujo cantando esta poesia.
Você abraçando a foto de Rui, alarga o seu abraço, e começo a fazer parte deste universo.
abraço!
A foto do Rui está realmente muito linda...
O teu poema... o teu poema... nem sei o que dizer... está lindo demais...
"Se uma gaivota viesse
trazer-me o céu de Lisboa
no desenho que fizesse,
nesse céu onde o olhar
é uma asa que não voa,
esmorece e cai no mar.
Que perfeito coração
no meu peito bateria,
meu amor na tua mão,
nessa mão onde cabia
perfeito o meu coração."...
Meu beijo e meu carinho de sempre!
Uma semana abençoada e feliz!
Ro
una ciudad tan viva como ayer, bien por este homenaje lírico
Felicitaciones Víctor
un abrazo grande
Caro amigo Victor Gil, tem um poema do Pessoa que chama Lisbon Revisited (que gosto muito)...mas o teu abraço em Lisboa é poético, sensível quando reconheces o quão pequenos somos e pede outro braço amado para completarem o abraço, e não sendo suficiente buscas as forças e formas da natureza...é um poema belo demais, e quanto amor tens no coração, quanto amor tens por Lisboa.
ps. Um imenso abraço.
ps.2 Obrigado pela visita e comentário tão amável, obrigado.
Belíssimo poema em sintonia com a fotografia linda!
Um poema lindissimo que poderia ser cantado em fado, dedilhado por uma guitarra na luz maravilhosa que só Lisboa tem.
Beijo amigo
Graça
Cada um melhor que o outro, poema lindissimo. Parabéns . Só Lisboa minha terra pode fazer tal misterio, ela enfeitiça marinheiros as gaivotas e poetas...
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