terça-feira, 14 de junho de 2011

À amiga FERNANDA COSTA (FERNANDINHA)

Fernanda Costa

           A vida é feita de encontros e desencontros, partidas e chegadas, de ausências e retornos. Quando criei este espaço, fi-lo com a intenção de fosse um ponto de encontro, onde as minhas palavras se cruzassem com as imagens dos meus amigos. Foi aqui que conheci a Fernanda Costa (Fernandinha). Ela me cativou pelas imagens, pelas palavras, mas sobretudo pela simpatia. Um dia “roubei-lhe” uma foto, onde coloquei um poema chamado “Lua Azul”. Foi a primeira pessoa a quem “roubei” fotografias para acompanharem as minhas palavras neste espaço. Por isso fiquei chocado ao saber do seu desaparecimento. É verdade. A nossa amiga faleceu no dia 25 de Abril de 2011. Os meus sentidos pêsames à família. Que descanse em paz. Até sempre.

          Queria escrever umas palavras que de certa maneira, homenageassem esta amiga que nos deixou tão cedo, mas neste momento, só consigo rabiscar, estas:

Letras ausentes

Desta vez, sem coragem,
não sou capaz de plantar,
estas linhas com palavras.

Rasgo folhas indecisas,
mondando letras ausentes,
nos versos de velhas quadras.

Sou vento frio da saudade,
sou manhã de nevoeiro,
penumbra que a noite envolve.

Sou aresta dos abismos.
sou coração magoado,
gota de água, quando chove.


Texto: Victor Gil