quinta-feira, 5 de abril de 2012

Devaneio proibido


 
Fotografia: Carmem Dalmazo


Deixa-me sonhar-te,
adiar-te o despertar,
abrir-te as frestas da paixão,
mergulhar-te entre as noites quietas,
enquanto os gestos que oculto,
se derramam nas camas desertas.

Deixa-me sonhar-te,
perder-me no teu rosto,
porque o vento não deixa,
misturar-te nos beijos que faço
e que as folhas do tempo,
se aconcheguem no meu braço.

Deixa-me sonhar-te,
abandonar-me no teu colo,
fingir que os meus olhos dormem,
quando o silêncio chamar,
o meu devaneio proibido,
de onde não quero acordar.


Texto: Victor Gil