Foto: Sônia Brandão
Amar é brado, é revolta,
é grito de gaivota,
barco ancorado.
É rio correndo à solta,
margens devoradas,
águas sem retorno.
Amar é vento na rua
que entrança as cortinas,
que encolhe os caminhos.
É estremecer sem saber,
que os ruídos se prolongam,
sem limites ou espinhos.
Amar, é o amor sem fronteiras,
sem retorno ou passado,
é meu barco quebrado.
É andar à deriva,
se a razão é verdadeira,
sem quilha, leme ou vela.
Sentir na chama da lua,
uma mensagem distante,
que leva a sua luz brilhante,
junto da tua janela.
Texto: Victor Gil