Foto: Guma Kimbanda
As folhas começam a tombar entre os caminhos,
soltam-se ao vento, num ritual de cores austeras,
deixando ver nos ramos crus, os velhos ninhos,
esvoaçando caducas em nostalgias severas.
Nas águas mansas, são como risos singelos,
beijos constantes, que se ausentam sem retorno,
numa partida, onde o adeus é dos mais belos,
desfraldam mágoas nos esteiros do Outono.
Como penas de aves, sussurrando nas veredas,
marcam atalhos de um cortejo sem palavras,
de trovas simples, embalando o ameno tempo.
Num suave deslizar, remoinham entre os pastos,
caiem no liso chão, nos recantos nos penhascos,
quais papéis gastos, deixam-se arrastar no vento.
Texto: Victor Gil
7 comentários:
Caro amigo Gil.
Se ouvisse este poema declamado, entraria no cenário para onde nos transporta este belo poema.
A imagética é perfeita, quando como beijos as folhas pousam e são levadas sem retorno num suave adeus.
Quando caem no liso chão, parecem acabadas, mas ao serem pisadas no trilhar dos caminhos, ainda têm algo mais a nos dizer...
Com admiração, o meu kandando amigo
Bela Foto.....Parece São Pedro do Sul...
O Outono merece um soneto assim...
Abraço
Lindo poema e linda foto, imagem perfeita que me encanta.
Poesia em tons de outono!
Fantástico Victor, aliás como é hábito e nos encanta a alma ao ler tamanho encontro de palavras.
Um grande abraço e Boas Festas.
Lindo de viver!
Passo para te desejar um Fekiz Ano Novo, com saúde, paz e alegria.
Bjs.
Graça
Parabéns aos meus dois queridos amigos pela bela parceria neste post! Lindo teu soneto Gil, linda a imagem do Rafael! Meu carinho de sempre num beijo azul! RO
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